domingo, 20 de outubro de 2013

O menino e o mundo



Na última sexta-feira foi a pré-estreia do longa "O menino e o mundo", do meu amigo Alê Abreu, na 37ª Mostra de Cinema de SP. A direção de arte trouxe uma linguagem nova para o cinema de animação brasileira. Acredito que a animação deve sempre buscar novos desafios.  A arte, de maneira geral, é alimentada de novas ideias e da eterna busca de surpreender o grande público.
Tive a oportunidade de estar trabalhando nesse projeto no seu início e, depois, quando estava quase no fim. Ainda me lembro das primeiras cenas... Deu para ver seu desenvolvimento.
Uma peculiaridade desse longa é que ele teve só um animador: o próprio diretor. Trabalhei como assistente de animação desse projeto. Não é a primeira vez que trabalho com o Alê, quem eu tenho uma parceria de anos. Desde seu primeiro curta, "Sirius", passando pelo "Espantalho" e o longa "Garoto Cósmico".  Nesse novo longa, vejo como O menino e o mundo é uma grande mergulho nas Artes Gráficas  com cores bem estudadas que têm como resultado um extremo bom-gosto.
O longa foi feito em Adobe Photoshop, que é uma excelente ferramenta para trabalhar com animação. Enquanto o toom boom é um programa muito bom para trabalhar em séries de animação por dar opções que dão velocidade de produção, o photoshop tem vários pincéis que dá um maior leque de opções para você poder brincar mais com a parte gráfica do projeto.
O resultado desse trabalho já está dando frutos, tanto que recebeu menção honrosa no Festival Internacional de Animação de Otawa, no Canadá.

http://www.youtube.com/watch?v=-rHgiSMiHhs

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Dicas da Pixar para uma boa história

Emma Coast, story artist da Pixar, fez uma lista das regras de como uma animação deve ser feita. Uma coisa que nem sempre temos em conta que devemos fazer nossa história para nosso público. Nem sempre o que é maravilhoso para a gente é para quem vai ver nosso filme. Muito autor faz o filme só para ele. Você tem que cuidar do seu filme quando está produzindo-o.  O público que vai julgar seu filme se é bom ou ruim.
O primeiro filme de animação que dirigi (Surgir, 1998) e fiz para mim. Não foi ruim e até foi exibido no Zoom na TV Cultura. Era um videoclip musical de 1'15". Era uma canção de uma banda de amigos, a Big Down. Era uma animação sem roteiro, só imagens. Esse trabalho me ajudou a entender que tinha que pensar no público, quem vai assistir. Copio  a tradução em espanhol feita pelo site "Skip intro" http://guiondevideojuegos.com/2013/07/08/las-22-reglas-de-pixar-para-crear-una-historia/.
Quem prefere ler em inglês, o original está nesse site http://aerogrammestudio.com/2013/03/07/pixars-22-rules-of-storytelling/



  1. Admiras a un personaje por sus intentos, más que por sus éxitos.
  2. Debes tener en cuenta qué es lo que es interesante para ti como público, no como escritor. Pueden ser cosas muy diferentes.
  3. Definir un tema es importante, pero no verás de qué trata la historia hasta que no la veas terminada. Ahora,reescribe.
  4. Había una vez_____.  Todos los días______. Un día_____. Por eso_____. Por eso_____. Hasta que finalmente____.
  5. Simplifica. Focaliza. Combina personajes. Esquiva los desvíos. Sentirás que estás perdiendo cosas valiosas pero te dará libertad.
  6. ¿Con qué está cómodo tu personaje? Lánzalo al polo opuesto. Desafíalo. ¿Cómo lo va a superar?
  7. Crea el final antes siquiera de saber cómo será tu mitad. En serio. Los finales son duros, enfréntate al tuyo.
  8. Termina tu historia y abandónala aunque no sea perfecta. En un mundo ideal tendrías las dos cosas, pero continúa. Lo harás mejor la próxima vez.
  9. Cuando te atasques, haz una lista de las cosas que NO van a ocurrir a continuación. Muchas veces el material que te desatascará se te mostrará solo.
  10. Disecciona las historias que te gustan. Lo que te gusta de ellas es parte de ti, tienes que reconocerlas para poder usarlas.
  11. Ponerlo en un papel te permitirá perfeccionar. Si una idea perfecta se queda en tu cabeza, nunca podrás compartirla con nadie.
  12. Desconfía de lo primero que te venga a la cabeza. Y de lo segundo, lo tercero, lo cuarto, lo quinto… apártate de lo obvio. Sorpréndete a ti mismo.
  13. Dales opiniones a tus personajes. La pasivididad y maleabilidad pueden quedar bien cuando escribes, pero son veneno para la audiencia.
  14. ¿Por qué debes contar ESTA historia? ¿Qué es lo que te quema dentro y te impulsa a contarla? Ése es su corazón.
  15. Si fueras tu personaje, en esa situación, ¿cómo te sentirías? La honestidad dota de credibilidad a las situaciones increíbles.
  16. ¿Qué es lo que está en juego? Danos una razón para empatizar con el pesonaje. ¿Qué ocurre si no tiene éxito? Acumula las probabilidades en contra.
  17. Ningún trabajo se desperdicia. Si no funciona, déjalo y sigue adelante. Volverá más tarde, cuando sea útil.
  18. Tienes que conocerte a ti mismo: diferenciar cuando lo estás haciendo lo mejor posible o estás irritable. La historia es testear, no perfeccionar.
  19. Las coincidencias que ponen a los personajes en problemas son geniales; las coincidencias para sacarlos son tramposas.
  20. Ejercicio: desarma una pelicula que no te gusta. ¿Cómo la rearmarías para hacer algo que SÍ te gusta?
  21. Debes identificarte con las situaciones y personaje, no puedes escribir en frío. ¿Qué te llevaría a ti a actuar de esa manera?
  22. ¿Cuál es la esencia de tu historia? ¿Cual es la forma más económica para contarla? Si sabes eso, puedes construirla desde ese punto.

domingo, 28 de julho de 2013

Um minuto em muitas horas de trabalho

Para quem quiser se inspirar para fazer um curta de animação, conto como foi o passo-a-passo do "Cinéfila, a lata" que produzimos para o Festival do Minuto, Animalata.




Estava de férias em Paris com a minha namorada Tatiane Matheus, quando recebemos uma mensagem da querida Lina Garrido sobre o Animalata. Ficamos empolgados. Já na Espanha, no meio de um brain storm, chegamos à conclusão de que íamos fazer algo sobre a magia do cinema. A Tati escreveu o roteiro. A história era uma latinha cansada de sua vida e, quando vê a luz de que saia de uma tela com imagens, transforma-se em animação a partir de filmes que foram ícones da sétima arte. A ideia dela era mostrar que tudo é possível até mesmo para uma simples latinha. Esse curta-metragem fala sobre o poder da transformação.



Para escrevê-lo, ela fez uma pesquisa. Sempre pensando que somente teríamos um minuto. Elegeu os principais filmes e depois cortou as opções pela metade. Ela ficou com Chaplin; Rocky, um lutador; Guerra nas Estrelas, Matrix e Titanic. Estudou as cenas desses filmes e elegeu algumas. Tatiane queria usar, como se fossem palavras dessa latinha-cinéfila, diálogos ocorridos nesses filmes como fonte de inspiração para a reciclagem da personagem. Depois do texto pronto, ela o revisou mais três vezes, sempre lendo em voz alta e cronometrando para saber se o tempo estava correto.

A criação do layout eu fiz ainda na Espanha. A partir das indicações da Tatiane, dei uma pesquisada e desenhei como seria cada latinha. Quando cheguei no Brasil, fiz o storyboard para sentir o filme. Percebi que era necessário acrescentar mais algumas cenas para dar uma melhor continuidade na história.










Depois disso, comecei a preparar as artes do layouts, ou seja, finalizá-la. Tive que estudar as cores dos filmes. Porque eles são de épocas distintas e o granulado é diferente. Nos anos 70, o Rocky, um lutador, tinha a cor mais fria bem diferente de Guerra nas Estrelas que tem uma cor mais quente. Isso tem a ver com direção de fotografia desses filmes. 


Já o Chaplin tem o tom de sépia dos filmes antigos. 




 Por sua vez, Matrix não é todo esverdeado, apesar de em muitos momentos ter essa cor. Ele é uma tecnologia nova para os anos 90. Além disso, ele tem um granulado cinza quase branco alegre que deixa o filme mais vivo - deixando-o mais impactante na tela. Já  cena antológica do blockbuster Titanic tem aquele pôr-do-sol de fim de tarde e me inspirei nessas cores. Mas tive de ficar atento, pois é um degradê de cores quentes.




Enviamos o roteiro da Tatiane e meus layouts junto com o storyboard para a Lina, que fez a narração. Primeiro, ela estudou o personagem. Em uma reunião, nós três conversamos sobre o curta e o que queríamos dele.Ela deu várias sugestões. Entre elas, a latinha poderia ter uma voz mais infantil. Mas, no final, todos chegamos à conclusão que seria melhor uma voz mais adulta para mostrar as mudanças na vida da Cinéfila. Apesar dela ter uma voz de tom agudo, pois é uma latinha e usamos a estética de cartoon. Fábio Rodrigues, marido da Lina, estava junto o tempo todo enquanto a Tatiane estava com a gente por Skype. Ele deu a ideia de voltarmos o vídeo-real e mostrar a latinha sendo reciclada. Além de escrever essa cena final. A Tati concordou e perguntou a nossa opinião que também estávamos de acordo. Ele escreveu a última cena, a do espaço, dando o segundo tratamento do roteiro. Gravamos! E ainda durante a semana, o Fábio passou os áudios para mim por e-mail.





O storyboard e a narração foram os meus guias para fazer a animação. Para dar a vida aos personagens, fui desenhando frame-a-frame.


Depois de todas as imagens prontas é feito um trabalho de edição. Pegar todas as cenas e montá-las de acordo com o storyboard do curta. Juntamente com a narração. Eu fiz as animações no Adobe Photoshop e fiz a montagem no Adobe Premiere. Neste filme decidi não usar o After Effects porque não foi preciso usar animação de efeito. Dei uma estudada e vi que foi possível resolver com os filtros do photoshop, inclusive, a espada do Lucky Skywaker.





Fiz a primeira montagem com meu grande amigo Kadijo, Ricardo Faller, percebemos que o áudio estava passando de um minuto. Montamos e já marquei com a Lina para gravar outra vez. Ainda não seria possível nesse dia, como queríamos.


Na correria, só teríamos o feriado para gravar. Marquei à noite com a Lina. Ela estava de plantão e exausta. Decidimos editar juntos a narração já gravada. Pode não parecer, mas até para ser uma latinha em um minuto, o ator tem de se concentrar e entrar no personagem. Os atores-dubladores são importantes no processo da animação. Demoramos cerca de quatro horas para editar e deixar a narração como queríamos. Editar dá mais trabalho que gravar. Para vocês terem ideia, gravamos a narração em duas horas.


Dois dias depois, à noite, após sairmos do trabalho, Kadijo e eu editamos Cinéfila. Terminamos o trabalho somente à meia-noite. Mandei o filme para a Tati. Assim que recebeu, Tatiane registrou o curta no site. Houve uns minutos de estresse, pois o vídeo havia travado!


Qualquer um pode fazer uma animação! Mas tem de ter força de vontade e disciplina. Ninguém consegue fazer sozinho! Tem de saber trabalhar em equipe e ter humildade em respeitar o trabalho do outro. Mas, que tudo: saber escutar. Todos são importantes para a engrenagem funcionar. E não é porque trabalhei com a minha namorada e amigos que falo isso. Mesmo que seja com desconhecidos, é preciso respeitar o profissional que está ao seu lado. Quando clima de trabalho é hostil, ele fica marcado no projeto. Ninguém sabe explicar, mas dá para perceber que algo que não funcionou... Fizemos Cinéfila nas nossas horas vagas: nos feriados, finais de semana e pela noite após o trabalho. Demoramos dois meses para finalizar esse curta. Eu fiz a direção, mas não dirigi sozinho. Tive vários pares de olhos comigo que me ajudaram na concretização desse projeto.


Espero que vocês gostem da Cinéfila, a lata!


http://www.festivaldominuto.com.br/videos/32138?locale=pt-BR









sábado, 27 de julho de 2013

A turma do curso no Centro Europeu, em Santos foi muito boa! Dá ânimo ver tanto interesse. Santos tem potencial para desenvolver projetos de animação na cidade. Pois, o pessoal busca formação, tem talento e curiosidade.




Cinéfila, a lata

 Quem nunca imaginou sendo personagem  de  um filme... Pois, Cinéfila, a lata, sim... Tanto que ela se reciclou através de seus filmes favoritos. Esse é o roteiro do curta que acabamos de produzir e estamos concorrendo no Animalata, do Festival do Minuto... É só um minutinho... Em breve vou publicar o making-off desse curta e quem sabe o pessoal se inspire para seguir produzindo!!! Espero que vocês gostem!

http://www.festivaldominuto.com.br/videos/32138?locale=pt-BR






segunda-feira, 22 de julho de 2013

Workshop de animação em Santos

Tive a honra de receber o convite do André Azenha, do Centro Europeu de Santos, para uma workshop sobre animação. Fiquei feliz com o convite porque vou falar desses 23 anos (comecei aos 17!) que trabalho com animação para o pessoal que está chegando ao mercado... Enfim, para essa nova geração! A ideia é começar falando sobre a animação tradicional até a virada que houve com a animação digital. Também mostrarei alguns exemplos práticos para os alunos... O workshop será nessa sexta-feira, dia 26, às 19h30. A sede da escola fica na Rua Timbiras, 7, no Gonzaga, em Santos.  13 3301 1001.

sábado, 6 de julho de 2013

MisteriosaMENTE sem segredos

Foi gratificante trabalhar com o neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto em seu livro “MisteriosaMENTE sem segredos”. Em um dia, milhares de informações invadem os pensamentos e servem como guia de ações, decisões e atitudes.   Esse livro busca ajudar as pessoas a manterem a mente aguçada. Logo eu que não consigo parar de desenhar, quando não estou trabalhando, estou desenhando por simples prazer. Ou até desenhando mentalmente... 

Foi um desafio mostrar através de desenhos o que ele explicava sobre  as necessidades e emoções da nossa mente.
O processo de criação era ler os capítulos e buscar a essência das palavras para traduzi-las em ilustrações.

O lançamento foi na semana passada, dia 25 de junho! Parabéns, dr. Fernando. Deixo para vocês as minhas ilustrações do livro.

 Foi gratificante trabalhar com o neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto em seu livro “MisteriosaMENTE sem segredos”. Em um dia, milhares de informações invadem os pensamentos e servem como guia de ações, decisões e atitudes.   Esse livro busca ajudar as pessoas a manterem a mente aguçada. Logo eu que não consigo parar de desenhar, quando não estou trabalhando, estou desenhando por simples prazer. Ou até desenhando mentalmente... 

Foi um desafio mostrar através de desenhos o que ele explicava sobre  as necessidades e emoções da nossa mente.
O processo de criação era ler os capítulos e buscar a essência das palavras para traduzi-las em ilustrações.



O lançamento foi na semana passada, dia 25 de junho! Parabéns, dr. Fernando. Deixo para vocês as minhas ilustrações do livro.










domingo, 12 de maio de 2013

A animação é uma longa espera


A animação é uma longa espera…

Nos últimos tempos, me dei conta do longo caminho que percorri com a animação.  Lembro-me como foi incrível folhear um flipbook – vendo aquele “boneco” mexer, folha por folha, dando a ilusão de movimento. A “longa espera” de desenhar quadro-a-quadro, depois filmar os desenhos no vídeo animation despertou uma paixão. Em 1989, quando iniciei minha carreira, vi que era animação o que queria fazer, apesar de quando estudava queria trabalhar com Histórias em Quadrinhos.

Comecei com lápis, papel e uma mesa de luz! Com o passar dos anos, as ferramentas de trabalho foram mudando. Hoje, a Cintiq substitui a mesa de luz. Também gosto de usar a tablet. Volto a ser criança com um App no IPad que é possível desenhar com o dedo. Para mim, é voltar ao tempo de quando me desafiava desenhando no escuro ou de cabeça para baixo.

Hoje as produções são mais rápidas por causa de vários programas (Adobe Photoshop, Toom Boom, TV Paint, Flash, Maya, entre outros). Muitos desses programas entregam o desenho pronto. O que diferencia é o conhecimento da animação clássica. Na mesa de luz precisamos saber interpretar um desenho ao outro. Temos de tomar cuidado para não deixar um desenho pronto sem “interpretação” e sem alma. Acompanhei o final do acetato e o início do uso de computadores.

Pré-história - Primeiro desenhávamos no papel, depois o desenho era fotocopiado no acetato.  Virávamos o acetato ao contrário e pintávamos. Havia vários tipos de tinta. Depois de seco, ele ia para uma mesa chamada Tabletop onde já estava um cenário pronto, que na época era feito por aerógrafo. Os acetatos eram colocados um por um neste cenário para ser filmado quadro-a-quadro na tabletop.

 


Depois veio o Flash. Fazíamos animações para sites no final dos anos 90. Ainda desenhávamos no papel, na mesa de luz. Os desenhos eram escaneados para serem animados. Tínhamos a preocupação de não animar muito para que as imagens não ficassem muito pesadas e fossem difícil para carregar a página web.
Dos programas que mais gosto de usar é o Adobe Photoshop porque os pincéis são diversificados. Não é um programa burocrático. Prefiro animar no photoshop porque tenho a sensação que estou na mesa de luz e tenho mais liberdade de trabalhar da maneira que eu quero. Já o que me encanta no Toom Boom é a velocidade que ele dá para produzir uma série de desenho animado em 2D digital porque ele faz a trajetória do primeiro ao último desenho – poupando trabalho.

 

sábado, 11 de maio de 2013

Série de Animação

Para uma série animação funcionar tem de ser como uma família. Tive a sorte de trabalhar nas duas temporadas de "Gui e Estopa" onde trocávamos muitas ideias e, inclusive, risadas. Até mesmo de animador passei a ser personagem animado...





Storyboard, assistente de animação e animador
“As Aventuras de Gui e Estopa”, Mariana Caltabiano (2010-2012), Cartoon Network
O protagonista da série é o cachorrinho Gui, que é o melhor amigo de Estopa. Ele é apaixonado por Cróquete e tem medo do Pitiburro e da Fifivelinha.






Longa-metragem


Assistente de Animação
O menino e o mundo, Alê Abreu 
Estúdio: Filme de Papel


Um menino de cinco anos vive com seus pais em um pequeno vilarejo. Ele vê seu pai embarcar em um trem rumo à cidade, mas os dias passam sem que ele volte para casa. Angustiado pela espera, Cuca parte em busca de seu pai numa jornada de surpreendentes revelações sobre o mundo a sua volta.





Assistente de animação
Brasil Animado (2011), Mariana Caltabiano
Estúdio: Mariana Caltabiano Criações


Uma dupla de cachorros chamados Stress e Relax são o extremo oposto um do outro. Eles partem em busca do jequitibá-rosa, a árvore mais antiga do Brasil. Só que eles não sabem em que cidade ela está. Enquanto Relax só pensa em se divertir e conhecer a cultura de diferentes partes do Brasil, Stress fica cada vez mais ansioso para encontrar o jequitibá, já que espera ficar rico vendendo lembrancinhas da árvore.
Foi o primeiro filme brasileiro a ser captado e exibido em 3D estereoscópico.



Assistente de animação e intervalação.
Garoto Cósmico (2007), Alê Abreu
Estúdio: Filme de papel



Sinopse: Cósmico, Luna e Maninho são crianças de um mundo futurista, onde as vidas são totalmente programadas. Certa noite, buscando mais pontos para obterem um bônus na escola, os três perdem-se no espaço e descobrem um universo infinito, esquecido num pequeno circo. Depois de muita brincadeira e tantas novas experiências, o mundo da programação envia um representante especial para resgatá-los. É hora de escolherem seus próprios caminhos.
O filme participou de festivais em diversos países. Além de salas brasileiras, o longa-metragem foi exibido na Índia e na Venezuela.



Assistente de animação
Cinegibi, o filme – Turma da Mônica (2004)
Estúdios Maurício de Souza
Sinopse: Franjinha decide ler gibis de uma forma diferente, com os quadrinhos em movimento. Para tanto ele decide inventar um liquidificador gigante, que engole revistas em quadrinhos e as projeta na forma de filmes. Animados com a possibilidade de verem suas aventuras nos quadrinhos no cinema, os personagens da turma da Mônica convidam amigos da vida real e se preparam para a grande estreia.




Alguns curtas...


Fazer curta-metragem é uma escola porque você se prepara para fazer um longa em vários sentidos: desde o roteiro à finalização. Para mim, foi gratificante trabalhar com diferentes diretores.



Animador

“Miss Dollar”, Silvia Prado (2013)

Estúdio: Cinema Animadores

Animação Digital: Toom boom


Câmera

“Passo”, Alê Abreu (2007). 4 minutos.

Sinopse: Um pássaro e sua gaiola.

O curta recebeu menção Honrosa no Animacor (Festival Europeu de Animação) e participou da 34ª edição do Curta nas Telas.




Clean up

“A lasanha assassina”, Ale McHaddo (2002). 8 minutos

Sinopse: Uma Lasanha foi esquecida no interior de um congelador com defeito, a baixa temperatura e os gases do aparelho causaram uma mutação e lhe deram vida, transformando-a em um monstro revoltado. A história é apresentada por Zé do Caixão e é uma sátira com citações relacionadas ao cinema de terror.

Em 2002, o curta ganhou o Júri Popular no Festival de São Carlos como melhor animação. No ano de 2003, foi o melhor curta de animação da
Mostra de Cinema de Tiradentes, na Academia Brasileira de Cinema e no Festival de Varginha.  Também ganhou como melhor direção em curta de animação no Cine PE e melhor filme no júri popular no Festival de Goiânia (ambos em 2003).






Intervalação

“Espantalho”, Alê Abreu (1998). 10 minutos.

Sinopse: As lembranças de uma senhora se misturam com as descobertas de uma menina apaixonada por um espantalho.

Espantalho recebeu diversos prêmios, entre eles, melhor animação no Festival de Cinema do Recife (1998), melhor filme nacional no Anima Mundi SP e Anima Mundi RJ (1998). Depois foi reeditado pelo diretor, acompanhando a música "Não me deixe só", de Vanessa da Mata.





Intervalação

“Sírius”, Alê Abreu (1993)

Sinopse: Um menino de rua perambula pelas ruas da cidade na noite de Natal. Seus sonhos em choque com a dura realidade.

Premiado pela UNICEF no Festival Internacional de Cine para Niños y Jovenes - Divercine (1994) e como melhor filme no júri oficial e infantil. Prêmio de melhor direção de arte no Imagem Mágica (1993) e melhor filme de animação no Jornada de Cinema da Bahia em 1994.






Alguns projetos pessoais



Argumento, roteiro, direção de arte, animação e montagem
“O tempo todo” (2009), 7 minutos
Sinopse: Daisen busca seu ideal. Animação ambientada em São Paulo.
Roteiro: Daniel Pudles e Ricardo Faller - Música: Renato Mundt
Animação clássica



Argumento, roteiro, direção e animação
“Ultimamente” (2007), 4 minutos
Sinopse: Uma mulher está descobrindo sua essência.
Edição e som: Renato Mundt
Animação clássica


Direção e animação
“Jogos Panamericanos Rio 2007”
Sinopse: homenagem aos atletas brasileiros.
Edição: Renato Mundt
Animação clássica



Videoclipes


Quando estava fazendo a animação do "Colombina", usava uma costeleta enorme, igual a do Ed Motta. Também estava um pouco gordinho... Alguns colegas brincavam que iriam me usar como model sheet! 
Já na animação do "Na quarta casa em outra direção”, parecia que estava na academia fazendo exercício. Esse projeto foi bem diferente, em vez de desenhar no papel ou no computador, desenhei em um vidro: frame a frame. 
Cada desenho foi fotografado para depois animar. Em mais de 12 horas, fiquei agachando e levantando, para desenhar e dar espaço para tirar as fotografias até terminar a animação. Detalhe: o "estúdio" era o apartamento, no Copan, do vocalista da banda e meu amigo infância Ricardo Faller. Ainda bem que nesta época eu já tinha emagrecido...

Animação
 “Colombina”, Ed Motta  (2001)
Direção: Christiano Metri
Estúdio: Cinema Animadores
Animação clássica



Animação 
“Na quarta casa em outra direção”, Banda Água Pesada (2012)
Guitarra e voz: Ricardo Faller
Guitarra: Fábio Domingues
Animação clássica.